Os anticoncepcionais são fundamentais para o planejamento familiar e a saúde reprodutiva. Eles oferecem diversas opções para prevenir a gravidez, além de outros benefícios à saúde. No entanto, a escolha do método ideal depende de diversos fatores, como estilo de vida, condição de saúde e preferências pessoais.
Neste artigo, vamos abordar os principais tipos de anticoncepcionais, seus benefícios, possíveis efeitos colaterais e como escolher a melhor opção.
O Que São Anticoncepcionais?
Os anticoncepcionais são métodos utilizados para evitar a gravidez. Eles podem ser hormonais ou não hormonais, reversíveis ou definitivos. Além da prevenção da gravidez, muitos deles também proporcionam outros benefícios, como regulação do ciclo menstrual, redução de cólicas e melhora da acne.
Os anticoncepcionais hormonais atuam inibindo a ovulação e alterando o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides. Já os métodos não hormonais agem criando barreiras físicas ou químicas para impedir a fecundação.
A escolha do método contraceptivo mais adequado deve levar em consideração fatores como eficácia, efeitos colaterais, facilidade de uso e histórico de saúde da mulher.
Tipos de Anticoncepcionais
1. Métodos Hormonais
Os métodos hormonais contêm hormônios sintéticos semelhantes aos produzidos pelo corpo feminino. Eles atuam impedindo a ovulação, alterando o muco cervical e dificultando a fixação do óvulo no útero.
- Pílula Anticoncepcional: Existem duas principais categorias:
- Combinada: Contém estrogênio e progesterona.
- Minipílula: Contém apenas progesterona, indicada para mulheres que não podem usar estrogênio.
- Adesivo Transdérmico: Libera hormônios pela pele e é trocado semanalmente.
- Injeção Anticoncepcional: Aplicada mensalmente ou trimestralmente.
- Implante Subdérmico: Pequena haste colocada sob a pele do braço, com duração de até 3 anos.
- Anel Vaginal: Dispositivo flexível colocado na vagina por 3 semanas, liberando hormônios continuamente.
Os anticoncepcionais hormonais são altamente eficazes, mas seu uso deve ser monitorado por um médico para evitar complicações e garantir a escolha mais adequada.
2. Métodos Não Hormonais
Para quem não pode ou não deseja utilizar hormônios, existem opções eficazes, como:
- DIU de Cobre: Dispositivo intrauterino que libera íons de cobre, tornando o ambiente hostil aos espermatozoides. Pode durar entre 5 e 10 anos.
- DIU Hormonal: Dispositivo intrauterino que libera pequenas quantidades de progesterona, sendo uma alternativa para quem deseja um método de longa duração com menos efeitos colaterais hormonais.
- Preservativos (Masculino e Feminino): Além de prevenirem a gravidez, são os únicos que protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
- Diafragma e Espermicidas: Métodos de barreira que impedem a entrada dos espermatozoides no útero.
- Coito interrompido: Embora amplamente utilizado, tem uma taxa de falha estimada em 22% com uso típico, devido ao risco de escape de espermatozoides antes da ejaculação.
- Método da tabelinha: Baseia-se no cálculo dos dias férteis, mas sua taxa de falha em uso típico é de aproximadamente 24%, tornando-o um dos menos confiáveis.
- Aplicativos de Monitoramento do Ciclo: Alguns aplicativos utilizam inteligência artificial para prever períodos férteis, auxiliando no planejamento familiar. No entanto, sua eficácia depende do uso rigoroso e da regularidade do ciclo menstrual.
3. Métodos Definitivos
Para quem não deseja mais ter filhos, há opções permanentes:
- Laqueadura: Procedimento cirúrgico que bloqueia as trompas de Falópio.
- Vasectomia: Cirurgia para interromper a passagem dos espermatozoides no homem.
Esses métodos são irreversíveis na maioria dos casos, sendo indicados apenas para quem tem certeza de que não deseja mais filhos.
Benefícios dos Anticoncepcionais
O uso de anticoncepcionais vai além da prevenção da gravidez. Alguns dos principais benefícios incluem:
- Regulação do ciclo menstrual: Métodos hormonais ajudam a reduzir fluxos intensos e irregulares.
- Diminuição das cólicas menstruais: Muitas mulheres relatam menos dores menstruais com o uso de pílulas ou DIU hormonal.
- Redução da acne: Pílulas hormonais podem melhorar a pele, reduzindo cravos e espinhas.
- Prevenção de algumas doenças: O uso prolongado de pílulas pode reduzir o risco de câncer de ovário e endométrio.
- Melhora dos sintomas da TPM: Redução de alterações de humor e inchaço.
- Diminuição do risco de gravidez ectópica: Especialmente com o uso do DIU hormonal.
Possíveis Efeitos Colaterais
Embora os anticoncepcionais sejam seguros para a maioria das pessoas, podem causar efeitos colaterais, como:
- Alterações de humor
- Ganho de peso (varia de pessoa para pessoa)
- Dores de cabeça e náuseas
- Sangramentos de escape
- Redução da libido
Riscos Relacionados à Trombose
O uso de anticoncepcionais hormonais combinados (contendo estrogênio) pode aumentar o risco de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar. Esse risco é maior em mulheres fumantes, obesas ou com histórico familiar de trombofilia. Estudos indicam que o risco é cerca de três a seis vezes maior em comparação a mulheres que não usam contraceptivos hormonais. No entanto, a trombose em usuárias saudáveis de anticoncepcionais combinados ainda é um evento raro, e o risco absoluto é menor que o da gravidez e do pós-parto.
Consultar um médico antes de iniciar um método hormonal é essencial para avaliar os riscos e benefícios conforme o histórico de saúde individual.
Como Escolher o Melhor Método?
A escolha do melhor anticoncepcional deve considerar:
- Seu histórico de saúde
- Preferências pessoais
- Frequência de relações sexuais
- Planejamento reprodutivo futuro
Métodos reversíveis, como pílulas e DIU, são ideais para quem deseja manter a possibilidade de engravidar no futuro. Já métodos definitivos são mais indicados para quem tem certeza de que não quer mais filhos.
Consultar um médico ginecologista é essencial para encontrar a opção mais segura e adequada para você.
Considerações Finais
Os anticoncepcionais revolucionaram a saúde feminina, proporcionando autonomia e prevenindo gestações indesejadas. No entanto, a escolha do melhor método deve ser feita com informação e acompanhamento profissional.
Se você deseja iniciar um método anticoncepcional ou mudar o que está utilizando, marque uma consulta com um profissional de saúde para avaliar suas necessidades individuais.
Fontes
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)
- Ministério da Saúde do Brasil
- American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG)
- National Health Service (NHS)
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